Estudo mostra que 25% das espécies correm risco de extinção
17/08/2011 - 09:12
Terra da Gente, com info Conservação Internacional
Um grupo internacional de cientistas divulgou, através do primeiro estudo global de armadilhas fotográficas em sete áreas protegidas nas Américas, África e Ásia, 105 espécies de mamíferos, categorizados por características como espécie, tamanho corporal e dieta. Foram cerca de 52 mil imagens que revelaram a incrível variedade de animais em seu dia-a-dia, desde um pequenino rato até um elefante africano, além de caçadores armados. Os mais vulneráveis à extinção são os mamíferos insetívoros e os de menor porte.
Os resultados foram publicados no artigo “Estrutura e diversidade de comunidades de mamíferos tropicais: dados de uma rede global de armadilhas”, no jornal Philosophical Transactions da Royal Society. O ecólogo Dr. Jorge Ahumada, do Programa de Ecologia, Avaliação e Monitoramento de Florestas Tropicais da Conservação Internacional (CI), liderou o estudo, que foi realizado em áreas protegidas de sete países, entre eles, o Brasil.
O estudo confirmou que a perda do hábitat e pequenas reservas têm impacto direto e negativo sobre a diversidade e a permanência das populações de mamíferos. As áreas protegidas são importantes e devem ser preservadas. Ahumada afirmou que as suspeitas de que a destruição do hábitat estaria acabando com a diversidade de mamíferos foram confirmadas.
"Os resultados do estudo são importantes, já que confirmam o que já suspeitávamos: a destruição dos habitats está matando - de forma lenta, mas sem dúvida - a diversidade de mamíferos de nosso planeta", afirmou Ahumada em comunicado divulgado pela CI.
Compreender os efeitos das ameaças globais e regionais (como a caça, o uso das terras para a agricultura e as mudanças climáticas) em mamíferos de florestas tropicais em diferentes períodos e áreas é fundamental para prevenir a extinção de espécies. Hoje, cerca de 25% dos mamíferos estão sob essa ameaça.
Os dados foram coletados pelas 420 câmeras colocadas nas regiões estudadas, 60 em cada uma delas. Cientistas puderam observar que as áreas protegidas e as florestas contínuas apresentam características semelhantes, como grande diversidade de espécies, maior variedade de tamanhos corporais e de dietas entre os mamíferos (insetívoros, herbívoros, carnívoros e onívoros). O trabalho durou mais de dois anos.
Os mamíferos servem como indicadores da saúde do ecossistema, como o crescimento de plantas, a ciclagem de nutrientes e a dispersão de sementes. Alguns cientistas acreditam que a remoção de mamíferos reduz a capacidade das florestas de armazenarem carbono a partir do momento em que os animais desempenham o papel de dispersar sementes de plantas de alta densidade de carbono. Se a capacidade de florestas de armazenar carbono cair, isso significa que a capacidade de mitigar os efeitos da mudança climática também diminuirá. Isso também afeta o ser humano.
"O que faz com que este estudo seja cientificamente pioneiro é que criamos pela primeira vez informação coerente e comparável dos mamíferos em escala global e estabelecemos assim uma linha de referência eficaz para avaliar a mudança", explicou o comunicado da CI.
O uso contínuo desta metodologia permitirá comparar as transformações na natureza e tomar medidas específicas para salvar os mamíferos. Desde 2010, foram instaladas câmeras em novos lugares, o que ampliou a rede de acompanhamento a 17 pontos do Brasil, Panamá, Equador, Peru, Madagascar, Congo, Camarões, Malásia e Índia. O estudo foi financiado parcialmente por diversas instituições e pela Fundação Gordon & Betty Moore.
http://eptv.globo.com
17/08/2011 - 09:12
Terra da Gente, com info Conservação Internacional
Um grupo internacional de cientistas divulgou, através do primeiro estudo global de armadilhas fotográficas em sete áreas protegidas nas Américas, África e Ásia, 105 espécies de mamíferos, categorizados por características como espécie, tamanho corporal e dieta. Foram cerca de 52 mil imagens que revelaram a incrível variedade de animais em seu dia-a-dia, desde um pequenino rato até um elefante africano, além de caçadores armados. Os mais vulneráveis à extinção são os mamíferos insetívoros e os de menor porte.
Os resultados foram publicados no artigo “Estrutura e diversidade de comunidades de mamíferos tropicais: dados de uma rede global de armadilhas”, no jornal Philosophical Transactions da Royal Society. O ecólogo Dr. Jorge Ahumada, do Programa de Ecologia, Avaliação e Monitoramento de Florestas Tropicais da Conservação Internacional (CI), liderou o estudo, que foi realizado em áreas protegidas de sete países, entre eles, o Brasil.
O estudo confirmou que a perda do hábitat e pequenas reservas têm impacto direto e negativo sobre a diversidade e a permanência das populações de mamíferos. As áreas protegidas são importantes e devem ser preservadas. Ahumada afirmou que as suspeitas de que a destruição do hábitat estaria acabando com a diversidade de mamíferos foram confirmadas.
"Os resultados do estudo são importantes, já que confirmam o que já suspeitávamos: a destruição dos habitats está matando - de forma lenta, mas sem dúvida - a diversidade de mamíferos de nosso planeta", afirmou Ahumada em comunicado divulgado pela CI.
Compreender os efeitos das ameaças globais e regionais (como a caça, o uso das terras para a agricultura e as mudanças climáticas) em mamíferos de florestas tropicais em diferentes períodos e áreas é fundamental para prevenir a extinção de espécies. Hoje, cerca de 25% dos mamíferos estão sob essa ameaça.
Os dados foram coletados pelas 420 câmeras colocadas nas regiões estudadas, 60 em cada uma delas. Cientistas puderam observar que as áreas protegidas e as florestas contínuas apresentam características semelhantes, como grande diversidade de espécies, maior variedade de tamanhos corporais e de dietas entre os mamíferos (insetívoros, herbívoros, carnívoros e onívoros). O trabalho durou mais de dois anos.
Os mamíferos servem como indicadores da saúde do ecossistema, como o crescimento de plantas, a ciclagem de nutrientes e a dispersão de sementes. Alguns cientistas acreditam que a remoção de mamíferos reduz a capacidade das florestas de armazenarem carbono a partir do momento em que os animais desempenham o papel de dispersar sementes de plantas de alta densidade de carbono. Se a capacidade de florestas de armazenar carbono cair, isso significa que a capacidade de mitigar os efeitos da mudança climática também diminuirá. Isso também afeta o ser humano.
"O que faz com que este estudo seja cientificamente pioneiro é que criamos pela primeira vez informação coerente e comparável dos mamíferos em escala global e estabelecemos assim uma linha de referência eficaz para avaliar a mudança", explicou o comunicado da CI.
O uso contínuo desta metodologia permitirá comparar as transformações na natureza e tomar medidas específicas para salvar os mamíferos. Desde 2010, foram instaladas câmeras em novos lugares, o que ampliou a rede de acompanhamento a 17 pontos do Brasil, Panamá, Equador, Peru, Madagascar, Congo, Camarões, Malásia e Índia. O estudo foi financiado parcialmente por diversas instituições e pela Fundação Gordon & Betty Moore.
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