Qua, 24 de Agosto de 2011 18:26
Pesquisadores da universidade de Jerusalém usaram minúsculos GPS para estudar os padrões complexos de vôo dos morcegos. Eles descobriram que alguns morcegos frugívoros possuem a habilidade de navegação semelhante ao de pombos correios.
Um exemplo disso é o morcego egípcio que se utiliza de referências visuais (colinas, luzes, arvores e etc.) para construir um mapa de toda a área e assim retornar sempre a mesma árvore noite após noite. É como se existisse uma bússola interna que mantém o morcego dentro da trajetória, mesmo se os objetos estiverem fora do alcance visual.
A equipe de pesquisadores formados por ecólogos e neurobiólogos prendeu um GPS em miniatura com cerca de 10 gramas para monitorar o morcego “voluntário” por várias noites seguidas. Durante a noite o morcego saia de uma caverna perto da cidade israelense de Belit Shemesh e fez um vôo em linha reta a uma velocidade média de 40 km/h a vários metros acima das copas das árvores. Entre 12 a 25 km distantes da caverna ele pousa em uma árvore frutífera.
O que foi constatado é que o morcego sempre voltava para a mesma árvore, como se ele tivesse escolhido ela como favorita. O mais interessante é que mesmo se houvesse uma árvore semelhante próxima, ele sempre pousava na favorita. Umas das conclusões chegadas é que o olfato não é o sentido primário na navegação do morcego.
Para uma investigação mais profunda os pesquisadores levaram alguns morcegos para o deserto a uma distância de 44 quilômetros ao sul da caverna e boa parte deles estava sem alimentação. Quando eles foram libertados, os que estavam sem se alimentar foram direto para as árvores que eles adotaram como preferidas; os que estavam alimentados simplesmente fizeram um caminho mais curto para a caverna.
A conclusão mais lógica foi alcançada com base em uma análise do modelo espacial e com o relato de alguns pilotos de aeronaves. Os morcegos para se localizar com precisão usavam pontos de referência para encontrar o caminho, independente de quão longe ele fique do seu destino.
Os pesquisadores também acreditam que exista um mecanismo adicional de navegação quando são encontrados pontos de referências não confiáveis, o que pode envolver detecção de campos magnéticos ou odores direcionais.
http://www.jornalciencia.com/
Da redação de Brasília
Pesquisadores da universidade de Jerusalém usaram minúsculos GPS para estudar os padrões complexos de vôo dos morcegos. Eles descobriram que alguns morcegos frugívoros possuem a habilidade de navegação semelhante ao de pombos correios.
Um exemplo disso é o morcego egípcio que se utiliza de referências visuais (colinas, luzes, arvores e etc.) para construir um mapa de toda a área e assim retornar sempre a mesma árvore noite após noite. É como se existisse uma bússola interna que mantém o morcego dentro da trajetória, mesmo se os objetos estiverem fora do alcance visual.
A equipe de pesquisadores formados por ecólogos e neurobiólogos prendeu um GPS em miniatura com cerca de 10 gramas para monitorar o morcego “voluntário” por várias noites seguidas. Durante a noite o morcego saia de uma caverna perto da cidade israelense de Belit Shemesh e fez um vôo em linha reta a uma velocidade média de 40 km/h a vários metros acima das copas das árvores. Entre 12 a 25 km distantes da caverna ele pousa em uma árvore frutífera.
O que foi constatado é que o morcego sempre voltava para a mesma árvore, como se ele tivesse escolhido ela como favorita. O mais interessante é que mesmo se houvesse uma árvore semelhante próxima, ele sempre pousava na favorita. Umas das conclusões chegadas é que o olfato não é o sentido primário na navegação do morcego.
Para uma investigação mais profunda os pesquisadores levaram alguns morcegos para o deserto a uma distância de 44 quilômetros ao sul da caverna e boa parte deles estava sem alimentação. Quando eles foram libertados, os que estavam sem se alimentar foram direto para as árvores que eles adotaram como preferidas; os que estavam alimentados simplesmente fizeram um caminho mais curto para a caverna.
A conclusão mais lógica foi alcançada com base em uma análise do modelo espacial e com o relato de alguns pilotos de aeronaves. Os morcegos para se localizar com precisão usavam pontos de referência para encontrar o caminho, independente de quão longe ele fique do seu destino.
Os pesquisadores também acreditam que exista um mecanismo adicional de navegação quando são encontrados pontos de referências não confiáveis, o que pode envolver detecção de campos magnéticos ou odores direcionais.
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