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quinta-feira

Estresse e como tratar peixes ornamentais recém adquiridos


Aquariomania
Peixes ornamentais são organismos com necessidades básicas muito especiais e quando submetidos a condições causadoras de estresse, como aquelas que prevalecem durante um transporte prolongado, podem se debilitar e contrair doenças, podendo vir a morrer em decorrência deste fato.

O que é estresse?

O stress ou estresse é uma palavra de origem inglesa, que entre outros significados, quer dizer: esforço.
No presente caso é um esforço extenuante, ou, melhor dizendo, uma condição induzida por fatores diversos - quer sejam ambientais ou não – que forçam as reações de adaptação de um organismo, além dos seus limites normais, perturbando de tal maneira as funções metabólicas e bioquímicas que a própria possibilidade de sobrevivência é colocada em risco, ficando significativamente reduzida.
Todo e qualquer fator estressante . Entre os fatores que contribuem para debilitar os peixes ornamentais, estão as mudanças bruscas de temperatura ou de pH, altos níveis de amônia ou nitritos em dissolução na água, companheiros incompatíveis (peixes agressivos ou predadores) mais peixes do que o aquário pode comportar e uma dieta incorreta dou desbalanceada, etc.

A resposta do organismo a um fator causador de estresse é denominada, Síndrome Geral de Adaptação e pode compreender três fases, que se sucedem em seqüência, caso o fator causador do estresse não seja eliminado:

1) Fase de fuga:
Reação de alarma ou medo, caracterizada por natação rápida e errática, tentativas de se esconder entre os objetos decorativos e as plantas ou saltos fora da água. No decorrer desta fase o peixe pode sofrer ferimentos sérios ao colidir contra objetos, vidros ou substrato.

2) Fase de conformismo:
O peixe tenta adaptar-se ao fator causador do estresse. A reação de fuga é menos intensa, o colorido fica pálido e o animal fica parado próximo ao fundo do aquário, com a respiração acelerada. No decurso desta fase, o esforço fisiológico é muito intensificado, caracterizando-se por intensas descargas hormonais com a conseqüente sobrecarga das funções endócrina, respiratória e circulatória. Altos níveis de adrenalina (epinefrina) e outros corticoesteróides, aceleram a freqüência cardíaca e respiratória, aumentam a pressão sanguínea, fazem o sangue se concentrar nos órgãos internos, aumentam as reações antiinflamatórias (produção de histaminas) e o metabolismo dos açucares, gorduras e preteínas. Paralelamente há uma supressão das funções imunológicas, tornando o peixe presa fácil de agentes patológicos.

3) Fase de exaustão:
Exausto o animal afetado desiste de reagir, entrando em estado de choque, caindo prostrado ao fundo do aquário, respirando muito lentamente. A morte sobrevêm na seqüência.

Fatores estressantes

Os principais agentes causadores de estresse nos peixes ornamentais são:

Condições ambientais degradadas:
Água poluída, com excesso de matéria orgânica e baixos níveis de oxigênio.

Exposição a substâncias irritantes e/ou tóxicas:
Água com altos índices de cloro, fenóis, amônia ou níveis excessivos de nitritos.

Alterações (de natureza física), das condições ambientais:
Temperatura inadequada para a espécie de peixe em questão ou variações bruscas de temperatura. Iluminação muito intensa e por períodos excessivos de tempo, especialmente para as espécies que vivem em ambientes pouco iluminados.

Alterações (de natureza química), das condições ambientais:
Mudanças bruscas no valor do pH, na dureza da água, no equilíbrio osmótico.

Manejo inadequado:
Perseguição e captura muito demoradas.
Falta de cuidado na manipulação dos animais ao retira-los das redes de captura.
Transporte para localidades distantes, com os peixes embalados por muito tempo, em condições de superlotação. Mudanças muito freqüentes de um aquário para outro.

Adaptação em novo ambiente:
Introdução em um aquário novo.
Interação com outros peixes, especialmente se pertences a espécies diferentes e ou agressivas.

Superlotação ou excesso populacional:
Quantidade de peixes acima da capacidade normal do aquário.

Como reduzir o estresse de peixes recém chegados?

Para minimizarmos os efeitos causados por esses fatores podemos adotar as seguintes medidas:

1) Pelo menos, um dia antes de receber os peixes, prepare os aquários onde pretende coloca-los, enchendo-os com água e condicionando-a de acordo com as necessidades das espécies adquiridas. Caso seja possível, utilize um condicionador, do tipo: Aquasafe, Marplex, Aquaguard, Aquaplus, Novaqua, etc...
Anteção com o valor do pH, temperatura, etc. Evite, sempre que possível, misturar peixes recém adquiridos com peixes já aclimatados aos seus aquários. Monitore, freqüentemente, as condições da água dos aquários (meça o pH, amônia e nitritos, pelo menos umas duas vezes por semana). As baterias de aquários interligados, deverão contar com um filtro biológico, tipo dry-wet ou semelhante, compatível com o volume de agu e lotação máxima de peixes. Os aquários isolados deverão contar com um excelente sistema de filtragem, dimensionado para a lotação máxima do aquário.

Néons e outros tetras, barbos, rásboras, coridoras e acarás bandeira, necessitam de uma água ligeiramente ácida (pH de 6,6 a 6,8). Cascudos em geral, como os panaques, bodós e acarís necessitam de uma água neutra e bem oxigenada, com dureza baixa e isenta de sal. Peixes de couro ou com escamas muito pequenas e transparentes, como as bótias e dojôs, de uma maneira geral, também não toleram muito bem quantidades muito grandes de sal.

Já os vivíparos como os lebistes (guppy), platis, espadas, molinésias e agulhinhas, assim como os peixes de vidro, abelhinhas e é claro todos os peixes originários de águas salobras, gostam de água alcalina com a adição de um pouco de sal grosso, ou sal marinho (4 gramas de sal por litro de água do aquário). Estas mesmas condições são indicadas para os ciclídeos dos grandes lagos Africanos, assim como para os originários da América Central e da Índia (mixirica).

A faixa de temperatura, média, ideal para todas as espécies ornamentais (exceto o Kinguio e a Carpa), oscila por volta dos 25º a 28ºC. Kinguios e Carpas são peixes de águas frias, não necessitando de temperaturas muito altas (20º a 24ºC seria a faixa de temperatura mais adequada). O Acará-Disco são peixes muito sensíveis, que gostam de água ácida (pH 6,2 a 6,6) e temperaturas altas (28º a 32ºC), devendo ser tratados com muita atenção no período de adaptação ao seu novo aquário.

2) Abra a(s) embalagem(ns) contendo o(s) peixe(s) transferindo o(s) peixe(s), com a própria água em que foram transportados, para um recipiente relativamente amplo (como, por exemplo, uma caixa de isopor, destas do tipo destinado ao transporte de peixes). Oxigene a água mediante à colocação de uma pedra porosa ligada à um compressor de ar. A seguir, vá aos poucos, transferindo a água do seu aquário para o recipiente contendo os peixes recém chegados.
Esta operação deve ser bem lenta, demandando no mínimo 45 minutos, permitindo que os peixes se adaptem às condições prevalecentes no seus aquários. Continue adicionando água até dobrar o volume de exposição utilizando-se de uma redinha própria. É conveniente descartar a água de transporte. V.S. pode acrescentar água a intervalos regulares, por meio de um caneco, por exemplo, ou passar a água bem lentamente do aquário para o recipiente, com ou auxilio de uma mangueira fina, com uma válvula de passagem (terminal), regulada para obter a necessária lentidão na operação (tipo: gota a gota).

3) Observe cuidadosamente os peixes recém chegados, verificando se apresentam: escoriações ou machucados, pontos ou manchas brancas ou vermelhas, filamentosas ou “cabinhos”, projetando-se do corpo do peixe, veios de sangue, perda do colorido natural, pele com aparência suja ou opaca, respiração ofegante, natação vacilante próximo á superfície da água, agrupamento em um dos cantos do aquário, e nadadeiras fechadas ou rasgadas.

Separe todo e qualquer peixe que apresentar qualquer um destes sintomas, colocando-o no aquário de tratamento. Peixes submetidos a um manejo adequado (baixo nível de estresse) são ativos, nadando rapidamente para o fundo do aquário tão logo sejam soltos no mesmo. Peixes estressados pelo efeito do transporte demorado e/ou aclimatados de maneira imprópria, de maneira geral, simplesmente afundam ou nadam fracamente. Mortalidades relacionadas com o estresse decorrente de um manejo e/ou aclimatação inadequados ocorrem de algumas horas a vários dias após a soltura. Níveis de estresse excessivos, por prolongados períodos de tempo conduzem ao aparecimento de doenças com etiologia variada e mortes tardias, tipicamente iniciando-se vários dias após a soltura dos peixes.

4) Caso os peixes recém chegados apresentem sinais de doenças, o tratamento deve ser realizado em um aquário hospital.

5) Antes de iniciar qualquer tratamento, devemos diagnosticar o melhor possível, o mal que afeta o(s) peixe(s). Uma identificação errônea da doença poderá levar ao uso de um medicamento que não tenha ação efetiva contra o agente causador da enfermidade. Visite o seção de doenças para maiores informações.

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