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terça-feira

O desafio de encontrar argalis e íbex nas estepes mongóis

Haroldo Castro

A Reserva Natural Ikh Nart, situada entre o deserto do Gobi e as estepes do centro da Mongólia, foi criada para proteger dois tesouros naturais: o argali (o carneiro selvagem Ovis ammon) e o íbex (a cabra de montanha Capra sibirica).

Estas duas espécies não chegam a estar ameaçadas de extinção, mas nas últimas duas décadas as populações selvagens sofreram grandes baixas devido à caça ilegal (afinal, a carne é parecida com a da ovelha e da cabra doméstica) e à perda do habitat natural (as espécies domésticas, em um número maior – para cada argali existem mil ovelhas – consomem os mesmos alimentos).

Se encontrar cavalos selvagens já não é fácil, conseguir observar carneiros e cabras selvagens na imensidão mongol é bem mais difícil. Os animais são extremamente arredios e desconfiados; qualquer movimento ou ruído estranho é motivo para que os argalis e os íbex saiam em disparada antes que qualquer humano possa chegar perto. Imagine então fotografá-los!

Ao chegar ao acampamento somos recebidos por várias ossadas de argalis (foto abaixo). Os fotógrafos do grupo escolhem os melhores ângulos para retratar os imponentes chifres do carneiro.
O argali é o maior dos carneiros selvagens, chegando a medir 1,20 metros de altura e um macho adulto a pesar 180 quilos. Seus chifres espiralados são imponentes.

Na manhã seguinte, partimos em busca dos animais vivos. Uma dezena de pares de olhos vasculha o ambiente rochoso. A maior dificuldade é que os animais mimetizam a cor da pedra, um granito entre o bege e o marrom claro. Por outro lado, os argalis são curiosos e vigilantes e, quase sempre, um indivíduo do grupo gosta de se colocar como sentinela no alto de algum rochedo.

A vontade de observar um argali é tão grande que logo descobrimos um animal. Ele está longe de nossas objetivas – certamente a mais de 150 metros – mas consigo fotografar um macho majestoso entre os rochedos.
Um argali no topo de um rochedo de granito. Ele permanece na posição durante poucos segundos e, ao descobrir nossa presença, desce correndo do alto da pedra.

A manhã é proveitosa. Graças a sua silhueta, encontramos mais um argali no topo de outro rochedo. Desta vez, ele está distante: a uns 500 metros. Resolvemos deixar os carros e nos aproximar a pé, em silêncio, utilizando pedras que possam nos ocultar para que o animal não fuja. A estratégia dá certo e conseguimos ver o argali de mais perto.
O argali está atento a uma possível ameaça, mas ele tem sua rapidez a seu favor. Ele se mantém de guarda por poucos instantes, o tempo apenas para alguns cliques.

O sol esquenta e os argalis aproveitam o meio do dia para descansar à sombra dos rochedos. Impossível encontrá-los agora. No final da tarde, visitamos o centro de pesquisa. Sou recebido por um rosto feminino conhecido. Mirka Zapletal é uma pesquisadora norte-americana que conheci há quatro anos quando estive aqui, neste mesmo local. Assim como eu, desde 2007 que ela não retornava à Ikh Nart! Mirka nos mostra um bebê argali que vive livremente no centro de pesquisa, após ter sido rejeitado pela mãe.
Como um dia o bebê argali poderá voltar à natureza, suas orelhas foram marcadas com números e um rádio-colar foi instalado no pescoço.

A manhã seguinte é reservada aos que acordam cedo e que estejam dispostos a uma longa caminhada matinal. Às 4h45, antes que o primeiro raio do sol apareça, somos seis na camioneta. O objetivo é encontrar o íbex.

A cabra selvagem siberiana é menor que o argali, não possui chifres tão longos, pesados ou curvos. Mas é ainda mais ágil para subir e descer montes de pedras. Nosso guia – um jovem nômade de 19 anos – afirma que, se quisermos ver o animal, devemos caminhar, em silêncio, pelas estepes e entre os rochedos por alguns quilômetros. Os aventureiros topam o desafio. Após 7 km de marcha, conseguimos encontrar dois grupos de íbex. Missão cumprida!
A melhor foto que consigo de um íbex macho (veja a barbicha) é, mais uma vez, da silhueta do animal dominando um rochedo. Como estou no topo de uma pedra mais alta, tenho a estepe verde como fundo.
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