É claro que não é uma criatura qualquer. O saola (coloquialmente conhecido como “unicórnio asiático”) é provavelmente o animal mais misterioso da Terra. Pequeno, com chifres que se assemelham a um híbrido de cabra e antílope, está mais relacionado a uma espécie de vaca selvagem.
E ainda assim se parece com um unicórnio. O animal foi criado em uma região exuberante de montanhas no Vietnã. É uma floresta que abrange uma área cerca de três vezes o tamanho de Manhattan.
O anúncio da reserva estabelece a quarta área protegida para o saola. Na verdade, o novo parque visa proteger não só o unicórnio da Ásia, mas outras espécies originais que residem lá. A região é incomparável em sua biodiversidade; segundo os pesquisadores, é simplesmente um lugar incrível.
A área é perfeita para criaturas de contos de fadas. Cachoeiras enfeitadas com trepadeiras e orquídeas desabam em encostas cobertas de folhagens verdes, inúmeros córregos fazem barulho sobre os leitos rochosos, e palmeiras lotam o chão da floresta fumegante.
O saola ganhou seu apelido mítico mais ou menos um ano atrás, apesar do fato de ter mais de um chifre. Porém, seus dois chifres são cilíndricos e bastante simples, por isso, se você olhar para o animal de lado, parece que ele tem apenas um chifre.
Entretanto, segundo os cientistas, foi mais a natureza ilusória do animal que lhe valeu esse nome de conto de fadas. O bicho é tão raro de se encontrar, que vê-lo é quase como ver um unicórnio.
Na verdade, os cientistas só descobriram a espécie criticamente em perigo em 1992, o que fez do saola a última grande descoberta dos mamíferos no planeta, e um cuja população poderá crescer em poucas centenas em breve.
A reserva natural pode ajudar muito, já que todas as criaturas capturadas costumam morrer após algumas semanas em cativeiro.
No ano passado, os moradores da região capturaram um macho. Foi o primeiro avistamento confirmado da espécie em uma década, mas a criatura morreu poucos dias depois. Segundo os cientistas, há três razões por trás da reação estranha e fatal do saola ao cativeiro.
Quando estão em cativeiro, eles parecem agir mansamente, e ficam abertos para que as pessoas venham até eles e os toquem. Porém, esse comportamento dócil é na verdade um sinal de estresse extremo. O animal está “pirando”. Além disso, os animais podem estar feridos quando capturados, e provavelmente recebem alimentos como arroz, banana e ervas, que não fazem parte da sua dieta natural.
Embora o saola não pareça estar direcionado diretamente para a caça, eles são vítimas inadvertidas de armadilhas para outros animais selvagens. Por exemplo, o comércio de carne de animais selvagens, incluindo a carne de tigre, é um grande negócio nos restaurantes do Vietnã.
As organizações de conservação e cientistas de todo o planeta estão trabalhando para criar um método de estudo para compreender as criaturas raras. As autoridades da região estão sendo pressionadas para reprimir a caça furtiva.
[LiveScience]
Por Natasha Romanzoti em 18.04.2011 as 19:41
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