28/04/2011 16h48
Nos EUA, eles introduziram peixe predador e desfiguraram cadeia alimentar.
Trabalho conclui que é possível antever desequilíbrio com monitoramento.
Do Globo Natureza, em São Paulo
Mike Pace, cientista do Instituto Cary, solta peixe predador no lago para ver como ele interfere no novo ambiente. (Foto: Divulgação)
Artigo publicado na última edição da revista ‘Science’ descreve como pesquisadores criaram propositalmente um desequilíbrio ecológico num lago no estado de Wisconsin, nos EUA, com o objetivo de verificar os sintomas de que a cadeia alimentar no local estava alterada.No lago predominavam peixes pequenos que se alimentam de pequenos invertebrados. Os pesquisadores então introduziram exemplares de achigã, uma subespécie de black bass, um predador das espécies menores.
Os peixes naturais do lago logo passaram a nadar mais nas margens, deixando que os pequenos invertebrados crescessem livremente no centro. O fitoplâncton que alimenta estes invertebrados logo começou a apresentar variações também.
Em três anos, o ecossistema havia se transformado completamente por influência dos peixes predadores. Mas o que mais chamou a atenção dos pesquisadores foi que, um ano antes, já era possível detectar a mudança em curso por meio da variação da clorofila na água.
Os autores propõem que fazendo determinados tipos de medição em cada ecossistema, é possível antecipar mudanças ambientais que, em muitos casos são irreversíveis. Atualmente, com o uso de sensores eletrônicos remotos, esse tipo de monitoramento já não é tão difícil de ser feito.
Estudo da composição da água do lago revelou sinais da mudança antes que ela se concretizasse. (Foto: Divulgação)
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