Tubarões-da-Groenlândia vivem em águas extremamente frias, um ambiente muito inóspito para a maioria dos tubarões dos oceanos ao redor do mundo.
Em um ambiente assim, a melhor maneira de economizar energia é mover-se o mais lentamente possível.
A espécie (Somniosus microcephalus) estudada é conhecida por comer focas. Os cientistas imaginam que o tubarão só tenha a iniciativa de ataque quando vê suas presas imóveis, ao tirar um “cochilo”.
O tubarão-da-Groenlândia já era conhecido entre os especialistas como o de natação mais lenta do mundo, mas sua lentidão surpreendeu os cientistas.
Yuuki Watanabe, do Instituto Nacional de Pesquisa Polar em Tóquio, que participou do estudo, disse que ele é o peixe mais lento dos oceanos, em entrevista ao portal da BBC.
O estudo, publicado no Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, foi a última parte de uma missão de pesquisadores noruegueses que descobriram que ele estava matando as focas na costa do Svarlbard.
Imaginava-se que os tubarões da Groenlândia comiam apenas focas mortas que afundavam, alimentando-se de carcaças em decomposição, mas as novas evidências mostram que eles podem atacar presas vivas.
Sua velocidade máxima não ultrapassa 1,6 km/h. Tudo é lento em seu comportamento. Para completar uma rasteira com a sua cauda, impulsionando-o para frente, são necessários 7 segundos.
Ironicamente, a pesquisa mostrou que as focas do Ártico fingem estarem dormindo para não serem atacadas por ursos polares, mas isso abre uma oportunidade para que outros animais ataquem.
O tubarão em questão não precisa 100% de sua mordida para abocanhar a presa, contanto com uma ação de sucção que o ajuda no processo alimentar.
Sua lentidão é um ponto fraco, tornando-o vulnerável para a atividade pesqueira, mas lhe proporciona grande longevidade.
É comum encontrar Tubarões-da-Groenlândia a mais de 1.200 metros de profundidade. Alguns exemplares já foram capturados por pesquisadores com pedaços de ursos polares e partes de cavalos em seus estômagos.
Dom, 24 de Junho de 2012 19:11
Osmairo Valverde da redação de Brasília
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