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sexta-feira

Arquivos negligenciados por décadas mostram registros de comportamentos bizarros de pinguins


A épica e malfadada viagem até o Polo Sul é lembrada pela morte do capitão Robert Scott em condições inóspitas.

Porém, 100 anos depois da expedição mais condenada da história, o verdadeiro horror experimentado por Dr. George Murray Levick aparece na forma improvável de notas que ele escreveu sobre os hábitos copulares dos pinguins.

Em meio à sua sobrevivência incrível contra todas as probabilidades no Polo Sul, o Dr. Levick fez anotações inovadoras sobre as travessuras de acasalamento do pinguim Adélia. Os resultados são tão chocantes que permaneceram escondidos por décadas. As anotações revelam evidências de acasalamento com indivíduos do mesmo gênero, cópula forçada e até mesmo necrofilia.

Os exploradores ficaram tão chocados com os resultados do trabalho sobre os hábitos sexuais do pinguim Adélia que escreveram em grego para que o texto ficasse inacessível ao leitor comum.

Dr. Levick observou como os pinguins machos se reuniam em bandos de meia dúzia ou mais para irem aos arredores das colinas, cujos habitantes se aborreciam por seus atos inadequados. Até hoje, Levick é o único cientista que estudou um ciclo reprodutivo completo no Cabo Adare, depois que ele passou o verão antártico de 1911 a 1912 na região.

O capitão Robert Scott e outras quatro pessoas morreram depois de atingir o Polo Sul em 17 de janeiro de 1912, apenas para descobrir que o explorador norueguês Roald Amundsen havia vencido um mês antes. Mas Levick sobreviveu, apesar de ter sido forçado com outras cinco pessoas a passar um inverno antártico inteiro em uma caverna de gelo, depois que o navio da expedição Terra Nova foi bloqueado pelo gelo quando estava indo resgatá-los.

Ao voltar para a Grã-Bretanha, ele publicou um artigo chamado “História Natural do pinguim Adélia”. Porém, suas descobertas sobre o comportamento surpreendente da espécie foram consideradas tão chocantes que acabaram sendo omitidas. Este material foi usado para um breve estudo separado, que ficou acessível apenas para alguns especialistas.

O estudo inovador havia se perdido até a descoberta recente de uma cópia por Douglas Russell, curador de aves do Museu de História Natural. Russell teve o artigo publicado em uma revista, juntamente com uma análise do trabalho de Levick.

Russell diz que a inexperiência sobre os atos de cópula dos pinguins é a culpada pelas trapalhadas que tanto assustaram Levick.

“Os pinguins Adélia se reúnem em suas colônias em outubro para começar a se reproduzir. Eles têm apenas algumas semanas para fazer isso e simplesmente não têm nenhuma experiência de como se comportar. Daí a aparente bizarrice de seu comportamento”, explica.

Sex, 15 de Junho de 2012 01:07
Tatiana Rocha
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