Pesquisadores americanos afirmam que as lulas da espécie Octopoteythis deletron copulam tanto com machos quanto com fêmeas e que possuem hábitos sexuais promíscuos.
A descoberta foi feita através da análise de imagens obtidas – em profundidades entre 400 e 800 metros – por submarinos operados remotamente no cânion de Monterey, na região costeira da Califórnia. Essas imagens sugerem que os animais têm dificuldade para distinguir entre parceiros potenciais e membros do mesmo sexo, já que a visibilidade é limitada.
A reprodução destes animais ocorre quando o macho usa seu órgão sexual para liberar uma cápsula contendo milhões de espermatozóides, chamada espermatóforo. Esta cápsula é então depositada na fêmea e absorvida por seu tecido.
As imagens não mostram claramente o momento da cópula, mas, de acordo com Hendrick Hoving, do Monterey Bay Aquarium Research Institut, foram observados espermatóforos vazios na superfície do corpo de machos e fêmeas, em quantidades semelhantes, indicando que o acasalamento homossexual é tão freqüente quanto o heterossexual. Além disso, devido ao grande número de cápsulas encontradas, os cientistas afirmam que estes animais são promíscuos. A notícia foi publicada no britânico Daily Mail.
Evolutivamente falando, os pesquisadores acreditam que, ao invés de uma especialização para os machos distinguirem mais facilmente quem são as fêmeas, eles desenvolveram uma estratégia de reprodução que maximiza o sucesso reprodutivo, ao induzir, indiscriminadamente, a inseminação de cada lula que encontra.
A equipe envolvida no estudo acredita que o custo envolvido em produzir e liberar esperma em outro macho é, provavelmente, menor do que os custos envolvidos em desenvolver coortes ou a capacidade de discriminação entre os sexos.
Sex, 23 de Setembro de 2011 19:56 - Anna Carolina Milo
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