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quinta-feira

Pássaros que vivem próximos a Chernobyl possuem o cérebro menor


Mesmo após várias décadas, o desastre nuclear de Chernobyl na Ucrânia, continua fazendo vítimas.

O maior desastre nuclear da história do mundo, Chernobyl, tem afetado não só os seres humanos, como também os animais, mesmo após muitos anos. Pesquisa revela as aves que vivem nas redondezas do local do acidente, possuem o cérebro 5% menor do que as aves da mesma espécie em outros locais do mundo.

A pesquisa levou em consideração coletas de informações de 550 aves de 48 espécies diferentes, que costumam habitar a chamada zona de exclusão, próximo ao reator que causou o acidente na Ucrânia. A pesquisa, publicada na revista Plos One, mostrando provas conclusivas dos efeitos radioativos.

O responsável pela pesquisa, professor Timothy Mousseau, diz que os efeitos negativos da radiação, fez com quem milhares de pássaros que ainda eram embriões, não sobrevivessem ao impacto da exposição à radiação e morressem. O acidente ocorreu em 1986, liberando uma quantidade gigantesca de nuvem radioativa, não só na Ucrânia, como também por toda Europa, tendo dados que afirmam ter alcançado até mesmo algumas partes dos EUA e Ásia.


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O acidente foi gravíssimo, contaminando com radiação uma área equivalente a metade da Itália. Milhares de pessoas tiveram que sair de sua cidade em busca de um local com menos incidência radioativa.

Não é de agora que pesquisadores têm interesse por Chernobyl. Há anos que vários cientistas dedicam suas vidas a entender o ciclo de malefícios que o acidente nuclear causou, não só aos seres humanos, mas toda a cadeia de vida, indo de insetos e bactérias a plantas de grande porte e o ser humano.

Outras pesquisas relatadas na revista mostram que vem caindo consideravelmente à taxa de diversidade de insetos e mamíferos na região. Segundo os responsáveis pela pesquisa, os órgãos internos dos pássaros são os primeiros a sofrerem impactos quando ocorre exposição à radiação. Uma teoria para a diminuição do cérebro seria a exposição a uma radioatividade de “fundo”, que causaria estresse oxidativo.

Algumas teorias sugerem que o cérebro pode ter encolhido devido a grandes aves de rapina que “roubam” quase toda a comida das outras aves pequenas. Esta teoria não encontrou grande embasamento por não existir na literatura das ciências biológicas algum relato que o cérebro de uma ave possa diminuir devido à escassez de alimentos.

Na foto, uma toutinegra do pântano, uma das aves que tiveram redução de 5% de seu cérebro..
Foto: WikipédiaCommons/Reprodução
www.jornalciencia.com


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