Um animal foi encontrado morto numa árvore, no Jardim Botânico.
Outros dois foram socorridos com sinais de envenenamento.
A morte de macacos vem causando revolta e comoção de moradores da Rua Conde Afonso Celso, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Somente nesta quinta-feira (26), de acordo com os moradores, três animais apareceram com sinais de envenenamento, um deles não resistiu. Os outros dois foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros.
Os macacos já fazem parte da rotina dos moradores. Diariamente, eles descem a Floresta da Tijuca, deixam o Parque Lage e o Jardim Botânico, e “visitam” as residências, na maioria das vezes, em busca de alimentos. No entanto, de acordo com os moradores, é no inverno quando os primatas mais aparecem. Para algumas pessoas, uma atração, para outros, um problema.
Há sete anos na região, a dona de casa Cristina Matos, de 59 anos, disse que nunca tinha visto uma situação como esta. Ela afirmou que sempre gostou da presença dos macacos no bairro e considerou como “crueldade” as mortes dos animais. Um deles morreu numa árvore em frente à sua casa. Cristina se disse chocada e pediu uma solução para o poder público.
“Eu adoro esses macaquinhos. Estou chocada com o que fizeram. É uma crueldade, um absurdo. Estou pasma. Eles (macacos) sempre aparecem de manhã cedo e depois eles somem. É a primeira vez que eu vejo isso por aqui. Não tem explicação. Eles não estão fazendo mal a ninguém, só querem comida, nós é que invadimos o espaço deles”, disse.
Animais foram encontrados passando mal
Para a arquiteta Danielle Bastos, de 30 anos, os macacos foram vítimas de envenenamento. Segundo ela, os animais foram encontrados passando mal e vomitando. Danielle informou que mora há sete meses na rua e que nunca se incomodou com a presença dos bichos. No entanto, ela disse que toma algumas precauções, como manter as janelas fechadas, por causa da filha.
“Eles sempre andam nas árvores e saltam dos fios elétricos, já vi até filhotes por aqui. Eles sempre aparecem no inverno atrás de comida. Uma vez, eu dei um mole, eles entraram na minha casa e levaram duas tangerinas. Nada justifica essa crueldade. São bichos, indefesos e não estão fazendo mal a ninguém. Isso não pode ficar assim”, disse ela.
Conflito
O suposto envenenamento pode ser fruto de revolta de alguns moradores. É o que pensa a psicóloga Enne Ribeiro, de 67 anos, que vive há quatro anos na Praça Pio XI, que fica no fim da Rua Conde Afonso Celso. Ela diz que entende a irritação de alguns vizinhos com a presença dos macacos, mas repudia a forma encontrada por eles para acabar com o problema.
“É um conflito o que está acontecendo aqui. Os macacos se tornaram os nossos bichos de estimação, mas ao mesmo tempo são motivo de descontentamento, porque eles entram nas casas, quebram objetos, roubam alimentos, objetos pessoais e irritam as pessoas. Mas chegar ao ponto de dar comida envenenada? Isso é inaceitável”, afirmou a psicóloga.
Para Enne Ribeiro, uma saída seria a revitalização de áreas florestais como o Parque Lage: “Seria uma ótima oportunidade para trazer de volta a beleza e o glamour do Parque Lage, que é um recanto natural de várias espécies. Com tanta consciência ecológica, cadê o poder público nessa hora? Poderia criar um viveiro natural para os macacos, com comida, tratamento, tudo ao ar livre, assim, eles não precisariam vir para as ruas e invadir as nossas casas”, acredita ela.
Animais resgatados vão para clínica em Vargem Pequena
Bombeiros do quartel do Humaitá, também na Zona Sul, foram acionados para socorrer os animais. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os dois animais resgatados na Rua Conde Afonso Celso foram levados ainda com vida para a Clínica de Animais Silvestres, da Universidade Estácio de Sá, em Vargem Pequena, na Zona Oeste, mas não resistiram.
No caminho, de acordo com a corporação, os bombeiros receberam o chamado para outros três animais, da mesma espécie, que foram encontrados passando mal em outro ponto da região. Eles também foram resgatados e levados para a clínica. Biólogos foram acionados para o local para tentar identificar as causas do problema. Até as 14h40, ainda não havia informações sobre o que causou a morte dos animais.
Outros dois foram socorridos com sinais de envenenamento.
Um dos macacos foi encontrado morto numa árvore na Rua Conde Afonso Celso (Foto: Rodrigo Vianna/G1
A morte de macacos vem causando revolta e comoção de moradores da Rua Conde Afonso Celso, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Somente nesta quinta-feira (26), de acordo com os moradores, três animais apareceram com sinais de envenenamento, um deles não resistiu. Os outros dois foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros.
Os macacos já fazem parte da rotina dos moradores. Diariamente, eles descem a Floresta da Tijuca, deixam o Parque Lage e o Jardim Botânico, e “visitam” as residências, na maioria das vezes, em busca de alimentos. No entanto, de acordo com os moradores, é no inverno quando os primatas mais aparecem. Para algumas pessoas, uma atração, para outros, um problema.
Há sete anos na região, a dona de casa Cristina Matos, de 59 anos, disse que nunca tinha visto uma situação como esta. Ela afirmou que sempre gostou da presença dos macacos no bairro e considerou como “crueldade” as mortes dos animais. Um deles morreu numa árvore em frente à sua casa. Cristina se disse chocada e pediu uma solução para o poder público.
“Eu adoro esses macaquinhos. Estou chocada com o que fizeram. É uma crueldade, um absurdo. Estou pasma. Eles (macacos) sempre aparecem de manhã cedo e depois eles somem. É a primeira vez que eu vejo isso por aqui. Não tem explicação. Eles não estão fazendo mal a ninguém, só querem comida, nós é que invadimos o espaço deles”, disse.
Animais foram encontrados passando mal
Para a arquiteta Danielle Bastos, de 30 anos, os macacos foram vítimas de envenenamento. Segundo ela, os animais foram encontrados passando mal e vomitando. Danielle informou que mora há sete meses na rua e que nunca se incomodou com a presença dos bichos. No entanto, ela disse que toma algumas precauções, como manter as janelas fechadas, por causa da filha.
“Eles sempre andam nas árvores e saltam dos fios elétricos, já vi até filhotes por aqui. Eles sempre aparecem no inverno atrás de comida. Uma vez, eu dei um mole, eles entraram na minha casa e levaram duas tangerinas. Nada justifica essa crueldade. São bichos, indefesos e não estão fazendo mal a ninguém. Isso não pode ficar assim”, disse ela.
Conflito
O suposto envenenamento pode ser fruto de revolta de alguns moradores. É o que pensa a psicóloga Enne Ribeiro, de 67 anos, que vive há quatro anos na Praça Pio XI, que fica no fim da Rua Conde Afonso Celso. Ela diz que entende a irritação de alguns vizinhos com a presença dos macacos, mas repudia a forma encontrada por eles para acabar com o problema.
“É um conflito o que está acontecendo aqui. Os macacos se tornaram os nossos bichos de estimação, mas ao mesmo tempo são motivo de descontentamento, porque eles entram nas casas, quebram objetos, roubam alimentos, objetos pessoais e irritam as pessoas. Mas chegar ao ponto de dar comida envenenada? Isso é inaceitável”, afirmou a psicóloga.
Para Enne Ribeiro, uma saída seria a revitalização de áreas florestais como o Parque Lage: “Seria uma ótima oportunidade para trazer de volta a beleza e o glamour do Parque Lage, que é um recanto natural de várias espécies. Com tanta consciência ecológica, cadê o poder público nessa hora? Poderia criar um viveiro natural para os macacos, com comida, tratamento, tudo ao ar livre, assim, eles não precisariam vir para as ruas e invadir as nossas casas”, acredita ela.
Animais resgatados vão para clínica em Vargem Pequena
Bombeiros do quartel do Humaitá, também na Zona Sul, foram acionados para socorrer os animais. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os dois animais resgatados na Rua Conde Afonso Celso foram levados ainda com vida para a Clínica de Animais Silvestres, da Universidade Estácio de Sá, em Vargem Pequena, na Zona Oeste, mas não resistiram.
No caminho, de acordo com a corporação, os bombeiros receberam o chamado para outros três animais, da mesma espécie, que foram encontrados passando mal em outro ponto da região. Eles também foram resgatados e levados para a clínica. Biólogos foram acionados para o local para tentar identificar as causas do problema. Até as 14h40, ainda não havia informações sobre o que causou a morte dos animais.
Rodrigo Vianna Do G1 RJ
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