27/07/2010 09h44
Ave está praticamente extinta na caatinga brasileira.
Projeto de recuperação da espécie tem parceria com ONG espanhola.
Saiba mais sobre a arara Spix em reportagem do Globo Repórter (ao lado).
Nascida em março, a ave pertence ao governo do Brasil que encomendou há 20 anos à ONG Loro Parque Fundación o projeto específico de recuperação da arara de Spix, no qual o centro radicado na ilha espanhola de Tenerife investiu mais de US$ 720 mil. Como resultado, já conta com oito exemplares.
Rafael Zamora, biólogo do Departamento de Conservação do centro, explicou que a Loro Parque Fundación é a maior reserva genética do mundo de psitácidas (papagaios, araras, periquitos, cacatuas, papagaios e periquitos), com um criadouro único com mais de 4,1 mil aves.
Por ano, no centro nascem 1,5 mil pássaros. Para o biólogo, o mais importante é que o centro representa um marco à reprodução de espécies extintas no ambiente natural.
É o caso da arara Spix, também conhecida como ararinha azul, extinta desde 2000 na caatinga brasileira, uma floresta primitiva de clima árido.
Nessa região vivia esta arara de voz especial e de tom azul único na natureza, de aparência frágil e delicada e que, quando adulta - pode viver até 50 anos.
Curiosamente, o último exemplar em liberdade desapareceu pouco tempo após ser descoberta a espécie, devido às capturas.
Foi então que o governo brasileiro encomendou a Loro Parque Fundación a recuperação da espécie, pois o centro tinha tido sucesso na reprodução de outras aves e em seu país de origem havia casais em cativeiro que não conseguiam se reproduzir.
O Brasil realizou a troca de exemplares na ilha, também em cativeiro, e há 14 anos nasceu a primeira arara Spix em Tenerife, uma fêmea que agora é a mãe do filhote.
O biólogo afirma que Tenerife é o local perfeito para estas aves pelo clima ameno e porque reproduz as mesmas condições do habitat natural, com uma dieta adequada e inclusive mais rica que em liberdade, pois oferecem as aves maior variedade de sementes e outros nutrientes.
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