Eles vivem suas vidas flutuando de cabeça para baixo no oceano, ligados à aglomerados de bolhas de muco que lhes dão flutuabilidade.
Cientistas descobrem que os caramujos que se locomovem com o auxílio de bolhas de muco, herdaram este talento de seus ancestrais. Neste processo, os caramujos deixaram de habitar o fundo dos oceanos, e passaram a flutuar livremente. Os caramujos ‘muco-y’ são conhecidos desde 1600, mas esta é a primeira vez que pesquisadores foram capazes de rastrear suas origens.
Os caramujos da espécie Janthina janthina, conhecidos também como caramujo marinho roxo, secretam muco e, a partir dele, constroem uma proteção para seu pequeno e frágil corpo que os ajuda a se locomover.
O novo estudo descobriu que estes animais são descendentes de uma espécie que vivia no fundo do oceano e se alimentavam de coral. Esta espécie se especializou e desenvolveu habilidades de locomoção que deram acesso a uma nova fonte de alimento, as águas vivas.
Pesquisadores da Universidade de Michigan, liderados pela estudante de pós- graduação, Celia Churchill suspeitavam de duas possibilidades: a primeira era que a estrutura que os auxilia na flutuação são uma versão avançada de uma técnica de locomoção do animal, denominada "droguing", a outra possibilidade é que as bolhas são versões modificadas de estruturas que seguravam os ovos em seus ancestrais.
As fêmeas dos caracóis ancestrais permaneciam ligadas em seus ovos através de redes de muco. As cápsulas dos ovos vazios poderiam ter capturado ar, fazendo com que os caracóis flutuassem. Este efeito temporário pode ter se tornado permanente através da produção de mais muco.
Qualquer um destes cenários parecia possível, pelo menos até quando Churchill e seus colegas receberem uma amostra preservada de um espécime de caracol australiano, chamado Recluzia.
"Comecei a dissecá-lo, e quando eu puxei a estrutura flutuadora, notei que havia minúsculos indivíduos de Recluzia e cápsulas dos ovos da fêmea grande", disse Churchill em um comunicado. As características de Recluzia sugerem que o caracol é uma forma de transição entre o caracol presente no fundo do oceano e os atuais, que são flutuantes. Seria, portanto, um elo perdido, que mostra claramente a evolução.
Segundo os pesquisadores, Recluzia desenvolveu sua flutuação e capacidade de carregar caracóis juvenis das massas de ovos que existiam no ancestral presente no fundo do oceano. Como próximo passo, todos os indivíduos desenvolveram adaptações para começar a liberar suas próprias bolhas mucosas, formando a balsa flutuante encontrada hoje. Em algumas espécies da família Janthinidae, as “bóias” ainda servem para transportar os ovos, enquanto outros caracóis carregam seus ovos dentro do próprio corpo.
Cientistas descobrem que os caramujos que se locomovem com o auxílio de bolhas de muco, herdaram este talento de seus ancestrais. Neste processo, os caramujos deixaram de habitar o fundo dos oceanos, e passaram a flutuar livremente. Os caramujos ‘muco-y’ são conhecidos desde 1600, mas esta é a primeira vez que pesquisadores foram capazes de rastrear suas origens.
Os caramujos da espécie Janthina janthina, conhecidos também como caramujo marinho roxo, secretam muco e, a partir dele, constroem uma proteção para seu pequeno e frágil corpo que os ajuda a se locomover.
O novo estudo descobriu que estes animais são descendentes de uma espécie que vivia no fundo do oceano e se alimentavam de coral. Esta espécie se especializou e desenvolveu habilidades de locomoção que deram acesso a uma nova fonte de alimento, as águas vivas.
Pesquisadores da Universidade de Michigan, liderados pela estudante de pós- graduação, Celia Churchill suspeitavam de duas possibilidades: a primeira era que a estrutura que os auxilia na flutuação são uma versão avançada de uma técnica de locomoção do animal, denominada "droguing", a outra possibilidade é que as bolhas são versões modificadas de estruturas que seguravam os ovos em seus ancestrais.
As fêmeas dos caracóis ancestrais permaneciam ligadas em seus ovos através de redes de muco. As cápsulas dos ovos vazios poderiam ter capturado ar, fazendo com que os caracóis flutuassem. Este efeito temporário pode ter se tornado permanente através da produção de mais muco.
Qualquer um destes cenários parecia possível, pelo menos até quando Churchill e seus colegas receberem uma amostra preservada de um espécime de caracol australiano, chamado Recluzia.
"Comecei a dissecá-lo, e quando eu puxei a estrutura flutuadora, notei que havia minúsculos indivíduos de Recluzia e cápsulas dos ovos da fêmea grande", disse Churchill em um comunicado. As características de Recluzia sugerem que o caracol é uma forma de transição entre o caracol presente no fundo do oceano e os atuais, que são flutuantes. Seria, portanto, um elo perdido, que mostra claramente a evolução.
Segundo os pesquisadores, Recluzia desenvolveu sua flutuação e capacidade de carregar caracóis juvenis das massas de ovos que existiam no ancestral presente no fundo do oceano. Como próximo passo, todos os indivíduos desenvolveram adaptações para começar a liberar suas próprias bolhas mucosas, formando a balsa flutuante encontrada hoje. Em algumas espécies da família Janthinidae, as “bóias” ainda servem para transportar os ovos, enquanto outros caracóis carregam seus ovos dentro do próprio corpo.
Qua, 12 de Outubro de 2011 20:06 - Anna Carolina Milo
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