Ele tem apenas 2 cm, a ponta de seu nariz é vermelha e o pé espalmado.
Crédito da foto aos cientistas: Jonh J. Muese-Cisneros, Mario H. Yánez-Muñoz e Juan M. Guayamasin.
O sapo Perereca macho, ele tem apenas 17 mm
A biodiversidade amazônica é objeto de pesquisa em todo o mundo. São milhares de plantas e animais, de musgos a mamíferos, fungos a sapos, que todos os dias são investigados pela Ciência. E, com muita frequência, espécies novas de organismos são descritas, muitas delas bastante interessantes.
É o caso de um pequeno sapo da Amazônia do Equador, Osornophryne cofanorum, descoberto há poucos meses nos contrafortes dos Andes entre 2600 e 2800 metros de altura, pelos cientistas Jonh J. Muese-Cisneros, Mario H. Yánez-Muñoz e Juan M. Guayamasin.
Esse bichinho simpático e muito colorido, deve viver divertindo o resto da bicharada da região, afinal ele tem duas características raras: a ponta do nariz é grande e colorida e os dedos dos pés são espalmados, que lhe confere a habilidade de subir em árvores! Já pensou ver sapinhos com apenas 2 cm de comprimento pulando pelas árvores, muito coloridos e com a ponta do nariz amarela?
Crédito aos cientistas: Jonh Muese-Cisneros, Mario Yánez-Muñoz e Juan Guayamasin.
Outra foto do sapinho, esse tem 18mm.
Para quem não sabe, os Anfíbios são divididos em 4 grandes grupos: sapos e rãs, pererecas, cobras-cegas e salamandras. As cobras-cegas não têm patas e parecem mesmo com uma cobra. Os sapos e as rãs são terrestres de uma maneira geral e os que nós mais conhecemos; finalmente as pererecas , em sua maioria, são arborícolas e têm as pontas dos dedos transformadas em discos adesivos que lhes permite subir pelas plantas, rochas, paredes do banheiro.
O novo sapo amazônico é uma mistura de sapo e perereca uma vez que, como esta, vive subindo pelas plantas, onde tem sido observado. Mas ao invés de discos adesivos, ele tem alguns dedos dos pés mais compridos. Seu nome científico, cofanorum, é uma homenagem à comunidade indígena Cofán, que vive na fronteira entre o Equador e a Colômbia e trabalham muito em favor da conservação do meio ambiente da região. A nova descoberta foi relatada no final de 2010 pela publicação Papéis Avulsos de Zoologia, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (Volume 50 (17): 269-279
Crédito: Luis A. Coloma
Fotos de uma fêmea do sapo. Ela não tem o narigão de palhaço.
Ah, sim, os machos são diferentes das fêmeas, pois, como acontece tanto entre os humanos, só eles têm o “nariz de palhaço”...
Alfredo Carvalho Filho é biólogo e autor do livro “Peixes, Costa Brasileira”
http://canalazultv.ig.com.br
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