O relatório atualiza a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN, que ao todo inclui 44.838 espécies
Associated Press
Foto:Divulgação
A foca do Mar Cáspio passou da lista de mamíferos vulneráveis para a de ameaçados.
WASHINGTON - Cientistas deram uma primeira olhada mais atenta no estado dos mamíferos do mundo em mais de uma década, e o resultado não é nada bom. "Nossos resultados pintam um quadro desanimador da situação global", disse a equipe liderada por Jan Schipper, da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
A lista da IUCN
Site de espécies ameaçadas da IUCN
"Estimamos que uma em cada quatro espécies está ameaçada de extinção, e que a população de uma em cada duas está declinando", afirmam os pesquisadores em relatório que será publicado na próxima sexta-feira na revista Science. As descobertas estão sendo apresentadas numa reunião da IUCN realizada em Barcelona, Espanha.
"Acho que o essencial, qual o mundo que você quer deixar para seus filhos", disse o biólogo americano Andrew Smith, da Universidade do Arizona. "Como ficaríamos mais pobres se perdêssemos 25% dos mamíferos do mundo", declarou ele, um dos mais de 100 co-autores do trabalho.
"Na nossa geração, centenas de espécies poderão se perder como resultado de nossas próprias ações, um sinal assustador do que está ocorrendo nos ecossistemas em que vivem", acrescentou a diretora-geral da IUCN, Julia Marton-Lefevre. "Temos de fixar metas claras para o futuro, a fim de reverter esta tendência e garantir que o nosso legado não seja a eliminação de muitos de nossos parentes próximos".
A IUCN se descreve como mais antiga e ampla rede de ambientalistas do mundo. É composta por mais de mil organizações, governamentais ou não, e mais de 11 mil cientistas que atuam como voluntários em mais de 160 países. A pesquisa que deu origem ao relatório sobre mamíferos tomou cinco anos de trabalho e envolveu mais de 1,7 mil pesquisadores.
O relatório atualiza a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN, que ao todo inclui 44.838 espécies, das quais 16.928 estão ameaçadas de extinção. Dessas, 3.246 estão na categoria mais elevada de risco, a das criticamente ameaçadas; 4.770 são consideradas ameaçadas e 8.012, vulneráveis. A IUCN estima que 76 espécies de mamíferos desapareceram desde 1500.
Embora o relatório diga que uma em quatro espécies de mamíferos está ameaçada, o número citado é 1.141 de 5.487 espécies, uma proporção de 20,8%, mais próxima de uma espécie em cinco.
Mas os pesquisadores destacam que há várias centenas de espécies sobre as quais não há dados suficientes. Eles crêem que a falta de informação sobre esses animais indica que eles existem em quantidades muito pequenas e que muitos podem estar ameaçados, o que eleva a proporção a , pelo menos, 25%, disse Smith.
Entre os mamíferos particularmente em perigo estão os primatas, cuja carne é consumida por caçadores em partes da África e que sofrem com perda de hábitat no Sudeste da Ásia.
Associated Press
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A foca do Mar Cáspio passou da lista de mamíferos vulneráveis para a de ameaçados.
WASHINGTON - Cientistas deram uma primeira olhada mais atenta no estado dos mamíferos do mundo em mais de uma década, e o resultado não é nada bom. "Nossos resultados pintam um quadro desanimador da situação global", disse a equipe liderada por Jan Schipper, da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
A lista da IUCN
Site de espécies ameaçadas da IUCN
"Estimamos que uma em cada quatro espécies está ameaçada de extinção, e que a população de uma em cada duas está declinando", afirmam os pesquisadores em relatório que será publicado na próxima sexta-feira na revista Science. As descobertas estão sendo apresentadas numa reunião da IUCN realizada em Barcelona, Espanha.
"Acho que o essencial, qual o mundo que você quer deixar para seus filhos", disse o biólogo americano Andrew Smith, da Universidade do Arizona. "Como ficaríamos mais pobres se perdêssemos 25% dos mamíferos do mundo", declarou ele, um dos mais de 100 co-autores do trabalho.
"Na nossa geração, centenas de espécies poderão se perder como resultado de nossas próprias ações, um sinal assustador do que está ocorrendo nos ecossistemas em que vivem", acrescentou a diretora-geral da IUCN, Julia Marton-Lefevre. "Temos de fixar metas claras para o futuro, a fim de reverter esta tendência e garantir que o nosso legado não seja a eliminação de muitos de nossos parentes próximos".
A IUCN se descreve como mais antiga e ampla rede de ambientalistas do mundo. É composta por mais de mil organizações, governamentais ou não, e mais de 11 mil cientistas que atuam como voluntários em mais de 160 países. A pesquisa que deu origem ao relatório sobre mamíferos tomou cinco anos de trabalho e envolveu mais de 1,7 mil pesquisadores.
O relatório atualiza a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN, que ao todo inclui 44.838 espécies, das quais 16.928 estão ameaçadas de extinção. Dessas, 3.246 estão na categoria mais elevada de risco, a das criticamente ameaçadas; 4.770 são consideradas ameaçadas e 8.012, vulneráveis. A IUCN estima que 76 espécies de mamíferos desapareceram desde 1500.
Embora o relatório diga que uma em quatro espécies de mamíferos está ameaçada, o número citado é 1.141 de 5.487 espécies, uma proporção de 20,8%, mais próxima de uma espécie em cinco.
Mas os pesquisadores destacam que há várias centenas de espécies sobre as quais não há dados suficientes. Eles crêem que a falta de informação sobre esses animais indica que eles existem em quantidades muito pequenas e que muitos podem estar ameaçados, o que eleva a proporção a , pelo menos, 25%, disse Smith.
Entre os mamíferos particularmente em perigo estão os primatas, cuja carne é consumida por caçadores em partes da África e que sofrem com perda de hábitat no Sudeste da Ásia.
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