08/12/2009 | 03h25min
E-mails relatam que estudantes torturaram bicho, mas suspeitos dizem que animal estava à morte
Um suposto caso de maus-tratos a um gato na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) motivou ontem um protesto diante do prédio da reitoria.
Protetores dos animais, estudantes e professores exigiram a apuração dos fatos. O reitor, Clovis Lima, recebeu os manifestantes e garantiu que o caso será investigado. Uma sindicância já havia sido aberta na semana passada.
A razão da polêmica é a suspeita de que o gato tenha sido torturado e morto com crueldade. Um universitário de 25 anos, do mestrado de Zootecnia, confirmou ser o responsável. Alega ter sacrificado o animal por ele estar agonizando no setor de suínos do curso.
A morte ocorreu no dia 19 de novembro. O mestrando teve a colaboração de um estudante de 22 anos.
– Peguei uma faca e fiz a sangria, para evitar que ele ficasse sofrendo – disse o universitário de 25 anos.
Durante esse processo, segundo o seu relato, foi mordido. Para certificar-se de que não corria risco de doença, pediu ao estudante mais novo que levasse a cabeça do gato para análise no Hospital Veterinário, onde seria avaliado se o animal tinha raiva. A versão que provocou indignação entre colegas da universidade é diferente. Nos últimos dias, correntes de e-mail e comentários postados em sites sustentam que o gato foi torturado até a morte. Sentindo-se ameaçados pelos comentários, os dois estudantes envolvidos registraram ocorrência policial.
Os ataques à dupla se multiplicaram a partir do momento em que espalhou-se entre estudantes de Veterinária a informação de que uma cabeça de gato havia sido encaminhada para análise no laboratório de patologia animal do hospital.
– O que posso dizer é que recebemos uma cabeça de gato para ver se o animal tinha ou não raiva. O exame deu negativo para a doença, e constatamos que havia fraturas nessa cabeça. O que provocou esse traumatismo e o que foi feito do resto do corpo do gato, não sei dizer – afirmou o veterinário Claudio Barros.
ZERO HORA
1 comentários:
Torturaram sim, cruelmente até a morte do animal. O próprio médico veterinário que analisou o caso confirmou as fraturas no crânio. Ao menos tenham vergonha de apresentar agora desculpas esfarrapadas e completamente ridículas. Que os culpados sejam todos identificados e que a lei se faça cumprir. Cadeia neles!
Postar um comentário