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sexta-feira

O que 300 lontras podem nos dizer sobre os oceanos?

O ambiente próximo da costa é uma região difícil de entender – corresponde ao limite entre o oceano e o continente, onde é influenciada por uma combinação de fatores naturais e artificiais, de ambos, a terra e mar. É uma área que suporta a pesca, recreação humana e ainda é habitat de diferentes espécies animais.

Para entender melhor o ecossistema da costa, os cientistas buscam novas metodologias já que outras utilizadas anteriormente não foram capazes de fornecer dados suficientes. Passaram a estudar as características e comportamentos de lontras, que funcionam como bioindicadores.

Atualmente bioindicadores têm sido amplamente utilizados para detectar mudanças na natureza, possibilitando avaliar a condição e possíveis mudanças de um determinado ecossistema. São espécies, grupos de espécies ou comunidades biológicas cuja presença, abundância e condições de vida são ferramentas importantes para avaliar a integridade ecológica do ambiente. Os mais utilizados são aqueles capazes de responder rapidamente às mudanças ambientais, sendo estas claramente distintas daquelas respostas geradas por flutuações naturais.

Por que as lontras?

Os cientistas começaram a notar uma mudança na abundância das lontras há cerca de uma década atrás: as taxas de crescimento da população, que tinham sido calculadas em 20 por cento ao ano, começaram a estagnar ou diminuir. Até então, os cientistas não sabem a causa desta mudança demográfica, e nem o que causa a diferença de população em cada região. Por isso é importante entender o que vem acontecendo com esta espécie, pois ajuda a também compreender o que acontece com a costa, auxiliando na criação de programas de proteção aos animais e ao ecossistema.

Detalhes da pesquisa

O projeto (USGS Pacific Nearshore Project) envolveu biólogos, geneticistas, químicos, especialistas em GIS (Sistema de Informação Geográfica), e veterinários. A coleta de dados, para o estudo que durou três anos, foram realizadas em nove locais, ao longo das costas do Alasca, Colúmbia Britânica, Washington e Califórnia. Em cada um desses locais, os pesquisadores capturaram as lontras e as transportaram em um pequeno barco, até serem entregues aos veterinários.

Sob a supervisão de Murray – veterinário chefe do Monterey Bay Aquarium, na Califórnia – o grupo de veterinários realizou um exame completo nas centenas de lontras capturadas. Primeiramente eram aplicadas injeções com sedativos e analgésicos. Em seguida, era obtido o peso e as medidas das patas, dos dentes, da cauda, ​​do comprimento total e, no caso dos machos, o comprimento do báculo, um osso do pênis. Também retiraram amostras de sangue, tecido (através de swab na boca) e de pêlo (bigode) para análises posteriores que avaliariam o estado de saúde dos animais. Para determinar a idade das lontras, Murray extraiu um dente, o pré-molar superior, que é pouco usado e necessário para a sobrevivência do animal. Após a última etapa, Murray deu outra injeção para reverter o efeito do sedativo. Assim, em poucos minutos, as lontras já estavam acordadas e prontas para serem devolvidas a seu habitat natural.

As amostras de sangue foram utilizadas para avaliar se os animais tinham anemia, se eram pobres em eletrólitos e se o fígado e os rins estavam saudáveis. Geneticistas ainda analisarão a genética das lontras, tentando entender quais as doenças e contaminantes ambientais podem estar influenciando sua qualidade de vida. O restante do sangue será congelado e guardado para futuras pesquisas, caso outros cientistas se interessem em analisar as lontras existentes no ano de 2011.

Os bigodes são reservados para o Stable Isotope Facility, na Universidade de Wyoming. Lá, os cientistas vão fatiar os bigodes em discos de tamanhos milimétricos para avaliar sua composição química. Eles acreditam que estas análises possam detectar o que as lontras estavam predando quando aquela porção do bigode estava crescendo. Esta etapa da pesquisa é importante, pois os pesquisadores suspeitam que estes animais mudam sua dieta sazonalmente, de acordo com a disponibilidade de presas.

Além das lontras, existem duas espécies de peixes que têm auxiliado nesta pesquisa, mais especificamente os ossos presentes em seus ouvidos. A especialista Vanessa Von Biela analisará os ossos do ouvido dos peixes, que apresentam anéis de crescimento, assim como os troncos das árvores. Esses anéis podem revelar diferentes taxas de crescimento nos peixe ao longo do tempo, o que pode servir como outra forma de documentação da produtividade do oceano.

“O crescimento indica a saúde geral de um peixe e, nas fêmeas, quantos ovos são colocados. Nós gostaríamos de saber o que faz um bom, contra um ruim, ano de produção", disse von Biela. “Qual é o conjunto perfeito de condições? Há teorias, mas não é muito claro”, completa a cientista.

Os pesquisadores esperam que, quando obtiverem e publicarem todos os resultados do projeto, isso possa ser útil para as agências estaduais e regionais criarem programas ideais de manejo e proteção ao ecossistema próximo à costa. Peixes orelha osso especialista Vanessa von Biela , desde o Alasca USGS Science Centre, trabalhou com a expedição estudando otólitos, que têm anéis de crescimento, como as árvores.
Dom, 09 de Outubro de 2011 19:59 - Anna Carolina Milo
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